Chá de Espinheira-santa: Antiácido Natural, Combate Azia e Dor de Estômago

Chá de Espinheira-santa: Antiácido Natural, Combate Azia e Dor de Estômago

Chá de Espinheira-santa: a espinheira-santa é uma planta medicinal originária da Região Sul da América do Sul.

No Brasil é comum nas matas dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e sul do Mato Grosso. Também é encontrada no Nordeste da Argentina, Norte do Uruguai, Paraguai e na Bolívia.

As partes utilizadas da planta são as folhas, que podem ser administradas em forma de chá, cápsulas com extrato seco, tinturas e extrato fluido.

O chá de espinheira-santa sempre foi muito popular na medicina alternativa, sempre foi utilizado amplamente por tribos indígenas da América do Sul, sendo considerado popularmente como um “santo remédio”.

Chá de Espinheira-santa Antiácido Natural, Combate Azia e Dor de Estômago

Chá de espinheira-santa Benefícios:

Boa contra as úlceras: A espinheira santa conta com taninos que têm poder cicatrizante de lesões ulcerosas no estômago por controlar a produção de ácido clorídrico.

Combate a gastrite:

A espinheira santa é boa em casos de gastrite. Este benefício ocorre devido aos taninos presentes na planta que estão relacionados à diminuição da secreção do ácido clorídrico pelas células do estômago e assim atenuam a gastrite.

Alivia os gases:

A espinheira santa tem ação antisséptica, devido à expressiva quantidade de taninos, atuando rapidamente na paralisação das fermentações gastrintestinais e é carminativa, por isso ela é indicada em casos de gases.

Ação diurética:

A espinheira santa tem ação levemente diurética devido à presença de triterpenos, composto bioativo, em sua composição.

Melhora o trânsito intestinal:

A espinheira santa melhora o trânsito intestinal devido à mucilagem presente nesta planta.

Alivia dores no estômago:

Por evitar a secreção de ácido gástrico, a espinheira santa ajuda a aliviar as dores no estômago.

Previne câncer de pele:

Os triterpenos encontrados na espinheira santa possuem propriedades contra o câncer de pele. Vale ressaltar que, caso tenha um tumor, é importante conversar com seu médico antes de consumir a planta.

Ação cicatrizante:

A espinheira santa possui na composição os ácidos tônico e silícico, que possuem a ação antisséptica e cicatrizante.

Além do uso interno, pode-se fazer uso tópico do chá ou de unguentos da planta, de forma minimizar dores de ferimentos e facilitar a cicatrização.

A espinheira-santa tem sido eficaz no combate às dores de estômago, gastrite, úlcera, azia e queimação, devido às suas propriedades medicinais.

A infusão de espinheira-santa tem uso científico comprovado como antidispéptico, antiácido e protetor da mucosa gástrica.

A espinheira-santa (Maytenus spp.) faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS) devido ao largo uso na medicina popular e comprovada eficácia principalmente no tratamento de problemas digestivos (com eficácia equivalente à obtida com a cimetidina e ranitidina), que está relacionada à presença de taninos nas folhas da planta.

Chá de Espinheira-santa Nome Popular:

Espinheira-santa, espinheira-divina, espinho-de-deus, limãozinho, maiteno, marteno, pau-josé, salva-vidas, sombra-de-touro, cancorosa-de-sete-espinhos, cancorosa.

Espinheira-santa Nome Científico:

Maytenus ilicifolia (Schrad.) Planch.

Receita Chá de Espinheira-santa:

Componentes: folhas secas. 3 g

Quantidade: água 150 mL

Chá de Espinheira-santa Como Preparar:

Infusão. Usar 1 colher (chá) de folhas secas em uma xícara de água.

Chá de Espinheira-santa Propriedades Medicinais:

Antidispéptica, antiácida, protetor da mucosa gástrica, antiasmática, contraceptiva, antisséptica, tônica, analgésica, cicatrizante, diurética.

Chá de Espinheira-santa Para que Serve:

O chá de espinheira-santa é bom para beneficiar a digestão, pode ajudar pessoas a emagrecer, principalmente aquelas que possuem distúrbios digestivos.

Chá de Espinheira-santa Como Fazer:

Uso Interno. Acima de 12 anos. Infusão. Usar 1 colher (chá) de folhas secas em uma xícara de água. Adicionar as folhas à água fervente, tampar e deixar repousar por cerca de 10 minutos. Coar e tomar morno. É aconselhado tomar 3 vezes por dia, em jejum, ou cerca de 30 minutos antes das refeições.

Uso Interno. Acima de 12 anos. Infusão. Tratamento de úlceras e dispepsias. Usar 20 gramas de folhas secas da planta em 1 litro de água fervente e abafar por alguns minutos. Deve ser ingerida antes das refeições principais.

Uso Externo. Acima de 12 anos. Infusão. Para problemas de pele como eczema, cicatrizes ou acne, podem ser aplicadas compressas quentes com o chá de espinheira-santa diretamente na lesão.

Chá de Espinheira-santa Efeitos Colaterais e Contraindicação:

A planta foi muito utilizada por índios sul-americanos como abortivo e para evitar a gravidez, propriedades que podem ser comprovadas devido ao feito de promover contrações uterinas e até de dificultar a implantação do embrião na parede do útero.

Portanto, não deve ser utilizada por mulheres que desejam engravidar ou estejam em fase de gestação.

Contraindicado durante o período de amamentação, pois pode levar à redução do leite materno.

O consumo em excesso de espinheira santa pode provocar náuseas e boca seca, gosto estranho na boca, cefaleia, sonolência, tremor e dor nas articulações das mãos, cistite e poliúria.

O uso em excesso pode causar náuseas e não deve ser utilizado por crianças menores de 6 anos.

Não confundir a espinheira santa com a Mata-olho (Sorocea bonplandi) e a falsa espinheira santa (Zollernia ilicifolia) que causam danos à saúde.

Veja também:

Fontes Consultadas:

  1. CASTRO, L. O.; RAMOS, R. L. D. Descrição botânica e cultivo de ilicifolia. Porto Alegre: FEPAGRO, 2002. 12p. (Circular Técnica, 19).
  2. BERNARDI, H. H. et. al. Algumas pesquisas sobre a “espinheira-santa” ou “cancorosa” Maytenus ilicifolia, usada como remédio popular no Rio Grande do Sul. Santa Maria: Faculdade de Farmácia e Medicina, 1959. 46 f. (Trabalho realizado no Centro de Pesquisas Bioquímicas das Faculdades de farmácia e de Medicina de Santa Maria).
  3. CARLINI, E. L. A. Estudo de ação antiúlcera gástrica de plantas brasileiras: Maytenus ilicifolia(espinheira santa) e outras. Brasília: CEME/AFIP, 1988. 87 p.
  4. COIMBRA, R. Notas de fitoterapia. Rio de janeiro, 1958.
  5. PIO CORREA, M. Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura e Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, 1984. v. 6, 77 p.
  6. SCHULTZ, A.R.H. Introdução à botânica sistemática. 4. ed. Porto Alegre: UFRGS, 1984. 414p. il.
  7. SIMÕES, C.M.O. et al. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul. 3. ed. Porto Alegre: UFRGS, 1998. 174 p. il.
  8. Revista Brasileira de Farmacognosia (2009): Revisão da  Maytenus ilicifolia – Contribuição ao estudo das propriedades farmacológicas.
  9. CPQBA UNICAMP (2002): Agrotecnologia para o cultivo da espinheira-santa
  10. The Plant List: Maytenus ilicifolia.
  11. Wikipédia: Espinheira-santa.
  12. ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. 1ª edição. Isis Ediciones. Buenos Aires. 1998.
  13. TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia. Herbarium. Curitiba. 1994.
  14. COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia. 2ª edição. 1994.
  15. SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos Livraria Editora. 2000.

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