Diabetes tipo 1: como fazer na hora de ir à escola?

Diabetes tipo 1: como fazer na hora de ir à escola?

Diabetes é um assunto que precisa ser tratado entre pais, direção, funcionários e a criança.

O diagnóstico de diabetes em uma criança traz um mundo de preocupações para os pais. Desde as mais imediatas: como vou aplicar insulina? Como vou conseguir ver se meu filho está com hipoglicemia?

E se o açúcar no sangue subir? Até preocupações um pouco menos imediatas, mas nem por isso menos importantes: será que ele vai aceitar o diagnóstico? E na escola, como vai ser?

diabetes nutriela

Este texto, trata justamente das dúvidas dos pais com relação à escola. Aqui vai um passo a passo:

1) Plano com a escola

O primeiro passo é uma conversa com a direção da escola sobre o diagnóstico e o tratamento que a criança está realizando no momento.

Doses de insulina, grau de controle do diabetes, se a criança tem hipoglicemias, de quanto em quanto tempo precisa se alimentar… enfim, é importante que uma rotina do tratamento, alimentação e das condutas a serem adotadas em caso de emergências sejam passadas para a escola.

Os contatos médicos e claro, dos pais devem ser passados para que sejam facilmente acessados caso seja necessário. Em caso de hipoglicemia grave, é importante que seja mantido na escola um kit de emergência com glucagon, para ser administrado prontamente.

Aqui, é importante ajustar junto com a escola que este importante medicamento de segurança esteja disponível. O Centro de Controle de Doenças Americano tem disponível em seu site em Inglês, o Guia para as escolas, orientando sobre hipoglicemia e hiperglicemia.

2) A preparação da criança

Não existe uma idade específica para que a criança passe a assumir algumas tarefas do controle do diabetes.

Existem crianças que desde muito cedo, com cinco ou seis anos, já se sentem confortáveis de realizar a glicemia capilar (medir o diabetes), enquanto outras vão fazer um pouco mais tarde.

O primeiro passo é que ela comece a demonstrar interesse e responsabilidade no controle da própria doença, a partir daí ela pode com a supervisão dos pais ou responsável, prosseguir medindo o diabetes e aplicando insulina já com a dose calculada por um adulto.

Adolescentes, no geral, já se sentem mais responsáveis para calcular os próprios ajustes de doses de insulina. Mas reforço que não existe uma regra geral, o que vale é a observação caso a caso.

3) O que levar para a escola

Uma sugestão é levar o glicosímetro com baterias extras, insulina (seringas ou canetas), lenços antissépticos de álcool 70%, balas em caso de hipoglicemia e água – a hidratação da criança com diabetes é sempre fundamental.

4) De olho no lanche

A própria criança com diabetes deve ser orientada pelos pais e professores sobre sua alimentação nos intervalos e a qualidade destes alimentos. O foco é nos alimentos integrais, frutas e chás.

Evitar o consumo de refrigerantes, bebidas artificialmente adoçadas e lanches com alto teor de gorduras e carboidratos simples (como farinhas brancas).

5) Rede de apoio

Colegas de classe, professores e funcionários, todos são uma rede de apoio para que a criança se sinta segura no ambiente escolar.

Os próprios colegas de classe muitas vezes são os primeiros a perceber episódios de hipoglicemia e, portanto, a sugestão é que devam receber orientação sobre procurar imediatamente o professor ou funcionário caso percebam alguma alteração no amigo com diabetes.

O treinamento de um professor junto às associações de apoio a diabéticos, ou mesmo com o médico responsável pode solidificar o processo, cujo objetivo é sempre garantir o melhor desenvolvimento possível para esta criança.

Com a volta às aulas, é importante que muitas rotinas dentro do ambiente escolar sejam revistas e renovadas. Abordar e acolher melhor a criança diabética no ambiente escolar é um assunto fundamental que precisa ser discutido e ampliado. Torcemos para isso! Bom ano letivo!

Fonte: Minha Vida

Veja também:

Gostou do artigo sobre diabetes tipo 1 na fase infantil? Compartilhe com os amigos!

Compartilhe:

Uma resposta

Deixe um comentário